O fragmento apresenta-se como um corpo (um ser), na sua totalidade.
As analogias estabelecidas entre o humano e outros seres vivos encontram-se nas transformações do corpo, nas semelhanças ou ironias formais, no gesto, e nos títulos atribuídos a algumas obras.
Essas analogias procuram aproximar os vários tipos de consciência. Procuram colocar ao mesmo nível as diferentes realidades dos seres. O humano mostra-se um ser incompleto e imperfeito, mas que se transcende quando «desce» (ou quando se eleva) até à condição de outro ser.
A transformação. A transfiguração. Ambas exigem rigor e delicadeza, sendo a forma alterada, somente, até um certo limite. Por vezes, uma pequena modificação nas proporções e medidas do corpo (fragmento), é o suficiente para uma modificação exagerada da forma. A complexidade e a perfeição circular do corpo humano exigem subtileza quando se pretende transformar o mesmo.
A transformação/transfiguração surge como a superação de uma condição humana, a superação de um limite físico, mental, ou emocional. O corpo que se altera na procura, no desejo, e na transcendência do humano.
A forma estranha aproxima-se da deficiência. A anormalidade apresenta-se como uma libertação: o corpo (o ser) que é constrangido por uma dificuldade, não se move, mas liberta-se através da sua transformação, ou do seu possível movimento.
Lisboa, 2011
Susana Miranda
Nascida em Lisboa em 1974.
Desde 2005 que mantém a actividade de escultura em pedra em Montelavar, Sintra.
Expõe individualmente e colectivamente desde 1998.
Está representada no Acervo de Desenho da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, em colecções particulares, em Portugal e no estrangeiro e na Colecção de Arte Contemporânea do Museu Distrital da Guarda.
Universidade de Lisboa / Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Tema da Dissertação: A obra de arte – um caminho para a reflexão e para o conhecimento. Projecto realizado com a colaboração da Casa das Histórias Paula Rego.
Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa
Colaboração como escultora no Acervo de Esculturas em Gesso da Faculdade de Belas Artes de Lisboa.
Estágio no Centro Internacional de Escultura , Pêro Pinheiro: Aperfeiçoamento das Técnicas de Escultura em Pedra. Estágios no Ensino Superior do PRODEP III – Programa Operacional do Desenvolvimento Educativo para Portugal da União Europeia.
Sociedade Nacional das Belas Artes de Lisboa
Galeria da Fac. das Belas Artes de Lisboa
Março / Abril de 2011
Project Room/ Pestana Art District, Cidadela de Cascais
Novembro de 2017
2018/2019 – Corpo sólido, Corpo aquoso, 3º Salão de Outono, Museu da Guarda.
2018 – Corpo sólido, Corpo aquoso, Galeria d’ Arte do Museu da Guarda. (Artista convidada do SIAC 3 – 3º Simpósio Internacional de Arte Contemporânea)
2018 – Workshop (realização e orientação) – “Processos do pensar e do fazer na Escultura do corpo humano”. Pátio interior do Museu da Guarda. Integrado no SIAC 3 – Simpósio Internacional de Arte Contemporânea.
2017 – Corpo sólido, Corpo aquoso, Project Room/ Pestana Art District. Cidadela de Cascais.
2015 – Maldades, Galeria Trema – Arte Contemporânea, Lisboa.
2011 – Abóbada, Galeria Trema – Arte Contemporânea, Lisboa.
2011 - Bichos, Flores e Pássaros, Galeria da Faculdade de Belas Artes de Lisboa.
2005 – Bichos, Flores e Pássaros, Cooperativa de Comunicação e Cultura. Torres Vedras.
2001 – Tranvia: Der Dicher und die Insel: Ruy Cinatti
und Timor
Dezembro 2001, pág. 11 e 12 – Reveu der Iberischen Halbinsel, Alemanha.
2000 – Condições, Centro Cultural de Alvito, Beja.
2019 – Intercepções – Um Lugar Dialogado. Exposição de Escultura da Colecção de Arte Contemporânea do Museu da Guarda. Panteão dos Cabrais, Belmonte. (Integrada no SIAC 4).
2017 – Group Exhibition, Project Room/ Pestana Art District. Cidadela de Cascais.
2016 – Escultura Ar Livre – Amadora 2016
2011 - Do Uno ao Plural – Lisboa Cidade Aberta às Criadoras e Autoras. Galeria da Biblioteca Dr. Orlando Ribeiro, Telheiras, Lisboa.
2009 – Workshop de Escultura em Cerâmica (participação). Oficinas do Convento. Montemor-o-Novo.
2005 – São João (a partir de um original do séc. XVIII). Igreja de Carcavelos.
2005 – Concurso Nacional de Escultura – Art’s Business and Hotel Centre, Hotel VIP Executive Art’s, Parque das Nações – Lisboa.
2000/2001 – New Ideas in Medalic Sculpture. Medalia…Rack Hamper Galery, New YorK, Filadelphia Fine Arts School. Faculdade de Belas Artes de Lisboa.
2000 – Exposição colectiva dos alunos da F.B.A.U.L. Faculdade das Belas Artes de Lisboa.
2000 – Escultura na Praça 2000. Concurso de Escultura Pública – Sala do Risco, Lisboa.
1999 – Mostra fotográfica de Medalha Portuguesa. FIDEM – Weimar, Alemanha.
1999 – Klub der toten Dichterin. Adília Lopes – página 14, Edition Tranvia, Verlag Walter Frey, Berlim, Alemanha.
1998 – Prémio de Escultura e Pintura D. Fernando II . 2ª Edição – Sintra.
1998 – O Clube da Poetisa Morta. Adília Lopes – Galeria da Cisterna da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
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